sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sou Natal.

Á propósito;
Pois sou pedra em um caminho cruzado,
Sou palavras de um mendigo inconsolado.
Sou poema de Jobim,
Canção de Buarque,
Sou pequeno e indomável.
Sou um mar que sussurra
E dança, enlaça
E escassa a beira da praia.
Sou uma cabana em uma floresta isolada.
Sou alegria,
Carnaval.
Festa junina,
Hoje sou Natal.



Ariel Pereira.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Poema

Caçador.

Simples como um barco pequeno
navegando em  grandes mares,
ou talvez uma lua que de longe pequena,
iluminando mesmo em dias
turvos.
Curto como o tempo que não passa, voa
e como voa
como um vira-lata farejador de serpentes,
coberto de vultos ou de outra imagem qualquer,
e sempre vencendo as serpentes pisoteando-as com suas parábolas vivas.
me faço, refaço
me lanço, aos cantos
e ainda simples  sou
e me escondo e me escondo,
e os meus medos me esconde,
e os meus medos ainda os mesmos,
com os mesmos planos,
Mas como um cão me faço
e todos os dias me refaço
eu as caço;
eu as caço;

eu as caço.


Ariel Pereira

Poema

Meu barco, minha mente.

Imagine se tudo fosse singelo
Se todos os barcos fossem sábios
Enxergaríamos um novo amanhã
Descobriríamos novos traços.
Imagine todo dia um novo verso
Em um montante assoprado em canção
Domando todo esse sentimento
Que refaz nossa depressão.
Imagine cada dia um dia novo
E todo novo se envelhecendo
E os sorrisos de uma perca
Fossem levados pelo vento
Imagine as novas gírias, novas culturas
se transformando em um passado pouco presente
inconsciente;
Meu barco, minha mente,
em meu barco somente.


Ariel Pereira

domingo, 28 de julho de 2013

Poema

Detalhes.

Detalhes,
Pequenos, tão pequenos,
O quanto são pequenos os detalhes.
O quanto diferente são os
Detalhes
Que nos faz se apaixonar.

Que sopra como o vento os
detalhes
tornando os momentos
a forma simples de amar.

Um leve toque,
Um simples beijo,
Um sopro inesperado,
Nossos desejos.
Reacende o obscuro
acende o nunca acendido
Nunca sentido.

Não como?
Nunca como!

Simples afeto, simples mesmo.
Sensação nunca sentida
Importância nunca vivida
Proteção além dos olhos
Além dos nossos espelhos.

Além mesmo?
Tudo mesmo!

Saudade que me ganha
A noite que se estranha,

Amor?
Que façanha!

Deleito-me em meus sonhos
Apenas a sonhar em ti
Sonhos estranhos amor.

São detalhes?
São os nossos detalhes.


Ariel Pereira

domingo, 17 de março de 2013

Poema

Canto Solene.


Ouço um pequeno e leve barulho 

que forma  em mim distúrbio 

oscilando minha audição.


As noites cativas 

aguardando as batidas 

da orquestra em ermitão.


Sou canoeiro sou

Sou pescador de morada,

esperando portanto a canção

que desengana e mim acalma.


O barulho do mar 

que me reluz sem pensar  

me enganando com suas rimas

me fazendo ressuscitar 

as palavras que vinham de cima.


Sou canoeiro sou 

descendente de um bom pescador 

que hoje descansa em paz.



Ariel Pereira

frase...



Sorriso sincero, 




Abraço apertado




Olhar verdadeiro,




Beijo roubado,




"Sonhos de valsa?"





É o que tenho no momento.

Poema

Amantes.

Antes, muito antes,
A noite chorava,
O dia triste se via,
A solidão argumentava aos motivos do pranto.
Antes, muito antes,
A saudade apertava sem motivos avulsos,
Vida perfeita,
Ainda chorando nos cantos.
Antes, muito antes,
De entender o porquê,
Que antes, nos montes.
Por resultante beleza
Não enxergava de modo algum.
Mesmo antes, muito antes,
Se olhasse os seus olhos
Enxergasse a ambição,
Se dividindo e me isolando
Em um quarto de motel.
Antes, muito antes,
De há ter como amante,
Hipnotizando-me naquele instante,
Como trapo em um bordel.
Hoje há espero
Isolado em um quarto qualquer,
Ansioso pelos seus traços,
Há se fosse inteiramente minha.
O dia recomeça,
Com a noite toda em festa,
A noite não chora mais,
O dia risonho se refaz,
Quando se vai, o que era belo se desfaz.
Hoje como antes,
Encontro de dois amantes.



Ariel Pereira